Súbdito inútil de astros dominantes,
Passageiros como eu, vivo uma vida
Que não quero nem amo,
Minha porque sou ela.
No ergástulo de ser quem sou, contudo,
De em mim pensar me livro, olhando no alto
Os astros que dominam
Submissos de os ver brilhar.
Vastidão vã que finge de infinito
(Como se o infinito se pudesse ver!)
Dá-me ela a liberdade?
Como, se ela a não tem?
Ricardo Reis
30 de julho de 2010
23 de julho de 2010
10 de julho de 2010
4 de julho de 2010
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